domingo, 10 de maio de 2009

Munique


----- Da serie: O TURISTA CORPORATIVO ACIDENTAL

Estive em Munique para mais uma reunião da equipe. Foram dias exaustivos, está cada vez mais difícil econtrar aquele tempo extra para atividades culturais. Mesmo assim, decidi escrever um sumário rápido, a exemplo do que fiz no post anterior sobre turismo corporativo.

Abaixo, relato alguns pontos que sugiro vistar quando estiver na cidade, se conseguir algum tempo livre na agenda:



  • Costumo me hospedar perto do Isartor. Chegando domingo cedo, uma ligeira corrida pelo rio Isar ajuda a combater o jetleg. Coloquei meu Asics e segui pela margem do rio até o English Garten, um volta no parque, vista magnífica de um raro domingo de manhã ensolarado, e pronto (veja o trajeto que sugiro aqui).


  • Se preferir, dá pra fazer esse trajeto de bike. Alguns hotéis alugam para passear.


  • Para aquelas comprinhas básicas, uma passada rápida depois do expediente no Oberpollinger, próximo a Marienplatz. Um luxo! Aproveitei para comprar um Hugo Boss novo, azul marinho, a nova tendência. Ainda deu pra pegar o tax refunding na saída.


  • Estava em exposição o mini Cooper. A marca inglesa hoje pertence a BMW, que fez uma divulgação mundial (inclui o Brasil). O carro é um clássico, se mantém quase sem alterações nos últimos 50 anos. Um compacto premium, um pequeno luxo mesmo para os padrões europeus. Aproveitei para fazer uma foto posada, para posteridade.


  • Depois das compras, um pausa no Viktualienmarkt, para aquele prato bávaro básico: sauerkraut mit bratwurst ( salsicha com chucrute) e mais weissbier e leberkase. Tudo muito "básico", muito “light”... Não saia de Munique sem experimentar.


  • Via de regra, jantares corportivos não são uma opção, digamos, turística, mas os colegas do escritorio conhecem locais que são típicos e ao mesmo tempo autênticos. No meio da semana fomos ao Weisses Brauhaus. Na primeira vez que fui lá, havia uma bandinha do interior da Baviera, comemorando algo (aniversário de um dos musicos, acho). Subiram em cima das mesas e começara a tocar. Um show gratuito, totalmente por acaso, com uma preformance magnífica.


  • Ainda, no meio da semana, uma pizza com os meu pares das outras regiões do mundo. Era época de Aspargos em Munique, e fomos à pizzaria Bella Italia, próxima a Rosenheimer Platz. Comida italiana é sempre uma unanimidade, mas não espere a mesma pizza que você comeu em Milão.


  • No fim da semana, sobrou tempo para jantar com os amigos que moram na cidade, no Gasteig, o centro cultural de Munique, também próximo ao Isartor. A dica é o buffet de pasta acompanhado por um Farnese Montepulciano d'Abruzzo. Surpreendentemente bom.


  • No sábado pela manhã, uma passada na Galeria Kaufhof, para comprar umas camisas pra usar no escritório. No caminho, uma parada no Karstadt Sporthaus, para comprar uma raquete Wilson para minha filha de 3 anos. O vendedor me deu um bolinha de tenis de cortesia. Um atendimento excelente.


  • Antes de seguir para o aeroporto, uma conferida rápida na Tchibo. Acho genial o conceito dessa loja. Toda semana troca o tema e todos os item a venda. Cada vez que dou uma passada numa loja da rede é uma surpresa, alem de os preços serem sempre muito bons. Dessa vez comprei uma camisa pólo para minha esposa e uma lancheira para minha filha usar na escola. Meus últimos óculos de ski comprei lá também.

Existem muitas, muitas opções em Munique, mesmo para quem viaja a trabalho. Tento escrever mais na minha próxima viagem.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Feliz aniversario, Blog!


Um ano atrás, minha idéia com esse blog era tirar o visto de imigrante digital. Tarefa difícil para alguém nascido antes da queda do muro de Berlim, quando nem o Windows existia. Minha intenção era fazer um laboratório para entender como pensam os nativos digitais, um balão de ensaio sobre a cultura Web 2.0. Parecia simples, criar um blog, escrever algumas linhas, et al... mas não é bem assim.

O primeiro desafio era criar uma proposta de valor. A definição original de weblog, me sugeria algum conteúdo próprio, de preferência gerado pela observação cotidiana do autor. Eu queria algo que valesse a pena compartilhar com os leitores, mesmo que houvesse imprecisões aqui ou ali, e ao mesmo tempo acrescentar as minhas impressões sobre o assunto. Naturalmente, com uma forte componente da minha experiência com planejamento estratégico.

Foi quando me ocorreu a serie de comentários que de vez em quanto escrevo para uma lista de discussão com outros colegas engenheiros, que chamo de “Crônicas da Metrópole”. O texto inaugural desse blog sobre o Zafari em S. Paulo foi copy/paste do e-mail original, inclusive com uma foto da banca da “bergamota”! Outro tema que foi inspiração direta dessas discussões é "O Turista Corporativo Acidental". O post Buenos Aires surgiu assim, a partir da necessidade de compartilhar dicas sobre o que fazer na cidade visitando a trabalho (veja a coleção completa de destinos comentados aqui). Fiz uma foto da Galeria Pacífico para ilustrar o artigo.

Para diagramação decidi por um lay-out do tipo, digamos, "jornalístico”, texto contra um fundo branco com uma foto a direita da página, que funciona com o o registro do evento gerador do post - a foto que ilustra essa edição comemorativa não poderia deixar de ser o novo cartão postal da cidade. Esse guideline não é necessariamente um formato inflexível, apenas queria que a página tivesse uma indentidate propria, sem precisar pensar muito na formatação. Uma ferramenta fundamental nese processo é meu N95, que uso para fazer os registros e evetualmente editar o texto durante a fase de elaboração. Recentemente passei a usar o E90, com um teclado alfa-numerico e outros recursos que facilitam a postagem.

Ao longo desse ano alguns posts merceram destaque, como A Volta do Vinil, que teve uma menção no Blog do Renato Cruz, do Estadao, e Grafite que fez sua carreira sem muita divulgação e registrou o maior numero de acessos até aqui. Outro post a destacar foi Exposição Starwars. Na foto, estou usando um lightsaber azul, em frente bilheteria da exposição. Ainda, quando comecei a correr, escrevi Pronação Leve, com minhas primeiras impressões sobre o esporte. Quase sempre, as referencias externas estão em links que servem para ilustrar os comentários.

Para monitorar o desempenho do blog, instalei o Google Analytics, afinal, a constante avaliação de performance é crítico para a o contínuo aperfeiçoamento. Até o fechamento desse post o dashboard registrava próximo de 300 visitante únicos, quase um novo por dia, que geraram acima de 1.000 page views, com picos semanis acima de 50 clicks. Bounce rate foi 75%, ou seja, 3 em cada 4 visitante retornaram. Nada mal para um blog com quase nenhuma divulgação até aqui.

Para esse ano estou estudando algumas novidades, outros temas e novos widgets. Note o Twitter update na coluna do lado direto, é um meio de publicar alguns comentários de forma rápida. Ainda estou estudando outras modificações. Vamos ver.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Grafite


---- Da serie: CRONICAS DA METROPOLE

Uma manhã de sábado dessas, fui dar uma caminhada pela Vila, e me detive por alguns momentos no Beco do Batman (agora chamado de Beco do Grafite). A arte das ruas da cidade cresceu em prestigio, dentro e fora do país, e eu estava curioso para entender o motivo de toda essa atenção. Alem de mim, havia um grupo de estrangeiros tirando fotos das pinturas e fazendo comentários em inglês britânico. Não são poucos os visitantes que têm reparado na variedade de cores e formas que ocupou avenidas como Paulista e bairros como Vila Madalena. O grafite já se tornou um patrimônio cultural da cidade

Caminhei pelas pinturas tentando entender a mensagem, mas não é assim tão simples. A primeira coisa que me vem à cabeça são os quadrinhos dos anos 80, aquelas Graphic Novels super estilizadas, que misturavam elementos futuristas e retrôs ao mesmo tempo. Alem disso, também estão presentes alguns elementos do surrealismo “psicodélico” das capas dos velhos discos de vinil dos anos 70. Uma pintura em rosa e amarelo lembra Janis Joplin misturada com Sgt. Peppers. Dá pra notar também um intenso diálogo com imagens da mídia, que remetem aos desenhos animados dos anos 90. Em uma das figuras que me chamou a atenção, tartaruginhas nadam próximas a uma raiz subaquática, com muito azul e verde, cuja arvore real existe além do muro. O quadro ultrapassa o desenho e expande a mensagem do autor. A pop art e o surrealismo talvez sejam os mais freqüentes, mas esse caldo de influências chega até aqui depois de cozinhados na inquietação cultural das ultimas décadas.

Eu tinha alguns colegas do colégio que pintavam na calada da noite, não raro correndo o risco de repressão policial. Aliás, as primeiras intervenções urbanas começaram a aparecer naquela época, mas desde lá não se via tal efervescência na pintura. Diferente daquela geração, os artistas de hoje fazem uma arte com mais cor, mais gráfica, com traços bem característicos, mas quase sempre figurativa, onde tudo é aproveitado, desde lâmpadas na parede até tintas que escorrem. Em comum, além do fato de ser feita ao ar livre, com técnicas como o spray e o stencil, tem a urgência de produzir uma comunicação ágil, que capture a atenção do cidadão que passa. Daí a importância da dimensão e da estilização em sua linguagem. Um artigo do Estado comenta que, essa é a verdadeira expressão de uma geração que buscava meios alternativos numa época em que bienais e museus se dedicaram à arte conceitual.

Leio que a arte de rua de S. Paulo começa agora a ganhar a atenção das galerias de comerciais e dos museus internacionaionais. No ano passado, o Tate Modern, em Londres, teve sua fachada pintada por artistas de rua, entre eles os brasileiros Nunca e Os Gêmeos, como parte da exibição Street Art at Tate Modern. Segundo a Veja, o passo natural após o reconhecimento seria a arte urbana migrar para galerias de arte, onde chegam a alcançar valores de até R$ 100 mil. Até mesmo o prefeito Kassab decidiu incentivar o momento cultural das ruas da cidade, visitando obras famosas e reafirmando o bom relacionamento entre a prefeitura e os grafiteiros. No ano passado diversos trabalhos foram inadvertidamente apagados pelos fiscais da “Cidade Limpa”, mas já foram todos refeitos. (Veja o vídeo da reinauguração do mural na Radial Leste, no G1)

O grafite é o “novo” agora, e o Beco do Batman talvez seja a grande referência em termos de arte de rua de S. Paulo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Salão do Automóvel


---- Da serie: CRONICAS DA METROPOLE

Estive no Salão do Automóvel em busca de conhecer os avanços tecnológicos sobre rodas. O motor show desse ano trouxe muito pouco sobre o que há de novo em tecnologia e conceito, mas sempre se pode apreciar os clássicos como Ferrari e Porsche. São 170 expositores, cerca de 450 veículos de 40 marcas. Segundo a organização, mais de 650 mil pessoas passaram pelo Pavilhão de Exposições do Anhembi.

Comunicações móveis e automóveis têm tudo a ver. Me chamou a atenção o Mustang da Nokia, modelo 2009, 'tunado' com Nokia N series - as fotos desse blog são feitas com um N95, uma visão geral do publico me sugere que 8 de cada 10 cliques são feitos por um celular - a Nokia equipou o carro para mostrar o que é possível fazer a partir do aparelho. O Car Kit é um acessório bluetooth que permite funções como GPS e música. Quando entra uma ligação, o player pausa atomaticamente para você atender a chamada sem a necessidade de tirar os olhos da estrada. Um 'must' para quem pega o trânsito dessa metrópole. Destaque para a tela removível, um LCD de 2,2 polegadas que muda de cor de acordo com o painel do carro.

Outra tendência, os combustíveis alternativos. A GM apresentou o Volt, sua aposta no mercado de carros híbridos. Faz até 64 quilômetros sem usar uma gota de gasolina - e sem a emissão de gases. Li que a unidade de tração elétrica proporciona o equivalente a 150 cavalos de potência, e uma velocidade máxima de 160 quilômetros horários. A GM calcula que o Volt consumirá apenas 2 centavos de dólar por 1,5 quilômetro a bateria, em comparação com 12 centavos utilizando gasolina, o que representa uma economia de US$ 1.500 por ano. Outro dado que me impressionou é que o carro consome menos energia elétrica por ano do que as geladeiras e refrigeradores domésticos! No entanto, um colega engenheiro elétrico comentou comigo que o problema maior ainda é que, para encher um tanque leva 5 min, equanto carregar uma bateria leva uma noite inteira. Quem teria paciencia?

Também passei no estande da Ferrari, que me traz a lembrança os seriados Magnum e Miami Vice. Esses carros têm algo de mágico. O modelo conversível 430 Scuderia é a estrela no estante. Mescla o melhor de dois mundos, o das Ferrari das pistas e as de rua. Reconhecível por suas faixas duplas do capô à traseira, herda tecnologia testada na F1. Seu V8 aspirado de 4.3 litros é responsável por 510 cavalos e chega a 319 km/h. O câmbio manual automatizado de seis velocidades consegue fazer trocas em 60 milésimos de segundo! Em tempo: estava em exposição o modelo atual do que seria a 'Ferrari do Magnum' em sua versão 2009, a 599 GBT.

Falando em italianos, o Blog do Estadao, elegeu os melhores segundo os leitores. O carro mais caro da feira acabou ficando em segundo, o italiano Pagani Zonda, que custa a bagatela de R$ 5 milhões. Aparecem na lista ainda o bugão 100% nacional da Fiat, elétrico, bonito de ver, mas sem previsão de virar comercial. Em primeiro ficou o Mustang Shelby, que leva o singelo título de “King of the Road”. Se for pra escolher, os meus preferidos são os clássicos alemães: BMW, Mercedes e Porshe. O tradicional modelo Porsche 911 foi apresentado quase sem mudanças, o design teve alguns retoques e o motor boxer de seis cilindros agora conta com injeção direta de combustível. A Mercedes trouxe o Smart, que pode ser interessante para as ruas de S. Paulo, por ser pequeno e prático. Ou não.

Esperava mais, tanto em participação como em inovação. Achei falta de outras marcas que gosto, como Aston Martin. O show também deixa muito a desejar em termos de tendências quando comparado com seus similares europeus como, por exemplo, o Salão de Frankfurt. Paciência... quem sabe no próximo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Holambra

--- DA SERIE: CRONICAS DA METROPOLE

Esse fim de semana fui a Holambra, vistar a Expoflora. Todo morador da metrópole não perde a chance de fugir da capital quando pode. O problema é extamente esse: você econtra TODOS os moradoras da metrópole por lá, e mais alguns das metrópolos vizinhas... extamente tudo o que voce queria evitar.

Minha primeira dica é: evite a exposição propriamente dita, alí o que você menos vai ver é "flora". Pra falar a verdade, é possível ver uma variedade maior e mais bem cuidada no CEAGESP, do que na feira. Mesmo a expoisção de urbanismo. Caso voce queira muito ir, principlamente por causa da chuva de pétalas, vá no dia da inauguração, quando pelo menos o ambiente está preprado pra esperar os visitantes. Depois que chegam as hordas de turistas, tudo vai por água abaixo, literalmente. (A blogosfera se ressentiu disso).

Mas deixando a feira de lado, Holambra tem outras atrações mais interessantes.

Pra comemorar os 60 anos da colonizacao holandesa, a cidade construiu o maior moinho da America Latina, sob a supervisão direta do arquiteto holandês Jan Heidra. Um primor arquitetônico. Cópia fiel dos tradicionais e famosos moinhos holandeses,tem 38,5 metros de altura e é totalemnte operacional. Cada pá do equipamento tem 12 metros de comprimento, o que permite a geração de uma tração motora de 60 cavalos de força, o suficiente para movimentar duas pedras de basalto de lava com o peso de uma tonelada cada. O moinho tem um mirante que permite a seus visitantes uma visão privilegiada da cidade e arredores.



Um dica para o almoço e a fazenda Em Busca do Galope. uma deliciosa comida caseira feita num autêntico fogão à lenha! A Dona da fazenda, uma descendente de holandeses, comanda a cozinha pessoalmente, com os seus quarto filhos sempre por perto. Minha filha adorou andar a cavalo, supervisionado de perto pela instrutora, uma das filhas da dona.

Ates de sairmos, um pausa nas lavouras de trigo, para aquela foto clássica no campo (mas cuidado com os marimbondos!). E pois é só seguir viagem de volta pra S. Paulo.



segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Buenos Aires


----- Da serie: O TURISTA CORPORATIVO ACIDENTAL

Estive na Argentina esses dias para mais uma serie de reuniões com clientes. Buenos Aires ainda mantém aquele velho charme, ainda mais agora que o cambio está extremamente favorável.

Normalmente, executivos que viajam a trabalho tem pouco ou nenhum tempo para aproveitar a estadia e, quando tem algumas horas livres, em geral não sabem exatamente como extrair o máximo benefício dessa preciosidade. Esses raros momentos podem servir como aprendizado dos diversos ambientes culturais.

Em discussão com amigos executivos, que também tem visitado os mais variados destinos, acabamos trocando idéias de como aproveitar melhor o tempo. Se juntássemos todas as experiências, poderíamos escrever um livro, que chamaríamos “O Turista Corporativo Acidental”.

Mas enquanto a idéia do livro não sai do papel, ou melhor, não vai pro papel, pelo menos dá pra postar no blog. Abaixo um compilado de dicas das ultimas vezes que estive em Buenos Aires esse ano.
  • Com a tarde de domingo livre, não deixe de ir a feira de San Telmo. Uma mistura de Benedito Calixto com o Brique da Redenção. Um lugar excelente para comprar aquele chapéu para o as aulas de tango (que um dia você queria fazer...). Não deixe de experimentar a “media-luna” (versão Argentina do pastel) no charmoso Dorrego Café, bem na esquina da praça.


  • Dali, dá pra caminhar pela Calle Defensa em direção à Plaza de Mayo, parando nas bancas dos camelôs para comprar aquele artesanato básico (e depois contar que comprou lá). Eu comprei um cinto de couro muito bom - tinha esquecido, e não sabia o que fazer para reunião do dia seguinte. Deu pra segurar as pontas, ou melhor, as calças.


  • No caminho fica a Iglesia de Santo Domingo, na esquina com a Avenida Belgrano. Dali em diante, a rua troca de nome, e a Calle Defensa se transforma em Reconquista, porque a região teve que ser retomada dos ingleses… Uma das torres ainda guarda as marcas das balas da batalha.


  • Ao final da caminhada, está a Plaza de Mayo e a Casa Rosada. È a “Esquina Democrática” da Argentina. Dificilmente alguém passa incólume, sem que haja algum tipo de protesto. Havia uma faixa dizendo algo como, “ex-veteranos da guerra das Malvinas não reconhecidos!”. Um tipo de memória ao "soldado desconhedico" da guerra. Estranho, já faz tempo, mas parece que os caras não esquecem.


  • Resolvi seguir pela Calle Florida, para as primeiras compras essenciais. A rua é um peatonal (calçadão), com todo tipo de loja. Você pode fazer uma pose com os dançarinos de tango na rua. A foto sai por, digamos, uma “doação” de 5 pesos.


  • Na Florida, passando a Córdoba, a dica para abastecer seu estoque de camisas para usar no escritório é a loja da Dior. Todas por um preço excelente, comprei logo duas.


  • No meio da semana, sobrou tempo no final do dia para um passeio na Recoleta, uma das áreas residenciais mais elegantes, de estilo francês, com grandes áreas verdes, mas a grande atração é o cemitério. Como tinha apenas poucos minutos, o guia turístico nos guiou diretamente até o Mausoléu da Evita.


  • Entas de de embarcar de volta, A Galeria Pacífico é a pedida mais fácil para compras. Vale a visita nem que seja para fotografar a cúpula central com o belíssimo afresco de Antonio Berni, "El amor o Germinación de la tierra".


  • Na Galeria, você pode encontrar desde Hugo Boss até aqule Rayban clássico dos anos 80, por preços realmente camaradas. Após 2 hs, minhas compras incluíram uma roupa para minha filha na loja Mimo & Co, um joguinho da Imaginarium, e uma bolsa Prüne para minha esposa.


  • Não poderia encerrar sem mencionar o Puerto Madeiro. As antigas docas que foram recicladas para dar vida a elegantes escritórios e luxuosos restaurantes. Cheguei mais cedo para uma boa caminhada pelo dique, e para fotos com a Fragata Sarmiento e a Puente de la Mujer. Para o jantar, minha sugestão é o magnífico “ojo de bife”, que pode ser encontrado na Caba Las Linâs.
Com o tempo, se desenvolve uma certa habilidade de balancear os Top 10 principais pontos turísticos com as obrigações do trabalho. Vale a viagem.

sábado, 28 de junho de 2008

Pronação Leve


Comecei a correr. Eu não tinha idéia da quantidade de variáveis que estão envolvidas quando se pretende levar a corrida a sério. Uma verdadeira ciencia!

Aproveitei o convênio da empresa com uma consultoria e decidi melhorar o meu condicionamento. Não que eu fosse um sedentário, pratico squash ha quase 4 anos, mas que precisava melhor meu fôlego por que já estava atrapalhando minha performance. Pensei que ia ser moleza, mas me enganei. Nos primeiros minutos que meus joelhos começaram a doer, percebi que precisava refazer todo o meu planejamento, rever as metas, plano de ação, avaliações e tudo o mais.

Segundo uma pesquisa da MSI Sports, a modalidade preferida entre os presidentes das 500 maiores empresas da Exame é a corrida, com 27% da preferência. Em novembro de 2007, mais de 4 mil executivos correram na Maratona de Nova York. Desses, 288 eram presidentes de companhias (leia sobre o caso do google aqui). No entanto, entre as praticadas de fato, a corrida fica apenas com a 3a colocação, alcançando apenas 11%. Isso mostra a distancia entre a intenção e a execução. Ainda, cerca de 40% dos presidentes praticam até 2 modalidades de esportes. Minha ideia era exatamente essa, complementar o Squash com mais uma modalidade para ganhar condicionamento.

Comecei pelo calçado. Hoje em dia os tênis são tão evoluídos tecnicamente, que precisei fazer um exame para identificar qual era o meu tipo de pisada. O resultado deu "Leve Pronação". Um corredor é considerado "pronador" quando toca o solo com a parte externa do calcanhar e rola o pé para dentro. O instrutor do meu teste me diz que 85% da população tem característica de "pronador", os restantes 15% são "neutro" ou "supinado", com rotação para fora. Para o meu caso, optei por um Asics Kaynano, com amortecimento com gel.

Um artigo do Jornal Valor conta que o mercado de tênis para corrida ja ultrapassa o de futebol. O crescimento do interesse por correr ja faz com que a participação de mercado supere os 28%, contra 20% dos tênis de futebol. Mesmo entre os que não correm, ou mesmo que não praticam nenhum esporte, a preferência pelo estilo running fica acima dos 40%. A líder nesse segmento é a Asics, que faturou próximo de R$ 50 milhões no país no ano passado. A previsão é que o Brasil seja o quarto mercado do grupo em pouco tempo. Quando testei vários tênis para corrida, entre eles o do concorrente direto, Mizuno, não tive duvidas de ficar com a Asisc.

Pra dar uma idéia, a Federação Paulista de Atletismo registrou 200 alvarás emitidos pra realização de corridas de rua em 2007, um crescimento de 800% em menos de 7 anos. Esse fenômeno pode ser observado nas ruas de São Paulo a Nova Yorque, de Paris a Munique. Cada vez mais as pessoas migram de outros esportes para a corrida, ou aprimoram o condicionamento correndo. Uma colega, executiva de RH, me disse que trocou o squash pela corrida porque é mais fácil de praticar quando se viaja muito a trabalho. Para o squash, você precisa da quadra e de de um parceiro, enquanto que para correr você só precisa do calçado e da paisagem. Meu chefe me convidou para correr ao longo do rio Isar, em Munique - aliás, no Isar dá até mesmo para fazer surf - dificilmente um esporte indoor proporcionaria algo assim.

Correr também melhora o humor do sujeito. Cientistas acabam de comprovar o que os atletas já sabiam ha muito tempo, o efeito Runner´s High. A atuação da endorfina no cérebro dos corredores pôde finalmente ser verificada, o que deve trazer avanços para a medicina esportiva, especialmente para aqueles que não vêem graça nenhuma em fazer exercícios. Faz algum tempo, outro executivo da matriz, na Alemanha, me disse que, após a corrida, ele tinha uma percepção totalmente diferente de um determinado problema. Correr o ajudava a pensar numa solução criativa. Recentemente um artigo da BBC comenta um estudo da Universidade Stanford, cujos resultados indicam que correr tambem pode reduzir os efeito do envelhecimento.

Escolher uma boa consultoria para o acompanhamento também é importante. Academias como a Bio Ritmio já contam com serviços de treinamento personalizados de assessoria esportiva. A academia tem 30 mil alunos, mas sua 'divisão' de consultoria, a 5ways, mantém estrito foco para os seus 150 alunos. Isso é o ideal para um assessoramento mais personalizado. Com treinos na USP e no Ibirapuera, alem de suporte na realização de provas, a atenção ao (pretenso) atleta como eu é fundamental para a motivação. Pra falar a verdade ainda não atravessei aquela linha em você percebe que, "agora vai, peguei o jeito, nao paro mais!... até lá, ainda dá pra cair em si e desistir.

Esse mês, fiz os teste dos 3Km. Completei o percurso em 19 min, com média de 95% da FCM - Freqüência Cardíaca Máxima. O instrutor me diz que um principiante normalmente fica entre 18 e 25 min. Até que não estou tão mal. Minha meta é chegar aos 1okm até o final do ano. Vamos ver.