quarta-feira, 16 de abril de 2008

Exposição Star Wars


---- Da serie: CRONICAS DA METROPOLE

Sei que não é o meu forte, mas tive que escrever mais esse flash da serie "crônicas da metrópole".

Hoje fui a exposição Star Wars na bienal. Levei minha filha de 1 ano e 1o meses para disfarçar. Recomendo também visitar a academia Jedi. Vale a pena, mesmo para quem não tem filhos pequenos - alias, marmanjo era o que não faltava. Minha dica: vá a noite, com sorte você consegue assistir aos lighsaber fights ao ar livre.

Esses sabres de luz da Master Replicas sao fenomenais. Um briquedo Geek total. Experimentei um, em frente a bilheteria, e fiquei impressionado. Trazem os sons a a vibração dos sabres do filme. Tambem são interessantes as replicas dos uniformes dos Stormtroopers e dos Jedis de plantão. A Forbes estima que o mercado de produtos licenciados chegue a US$20 bilhões desde a estreia até os dias de hoje. Esse fenômeno influenciou toda a indústria, que cresceu de U$5 bilhões/ano na época para 60 bilhões já na decada seguinte. Segundo a Variety, já se tornou parte da cultura ocidental.

Quando o primeiro filme da serie estreou em 77, eu tinha 9 anos e quase não tinha idade para ir no cinema. Só fui assistir mesmo anos depois, na sessão da tarde! Agora vejo essa gurizada de 6 anos treinando com sabre de luz na academia jedi. Ninguém imaginou que a franquia fosse Durar tanto. Nem a Fox Studios. Talvez o unico tenha sido o próprio George Lucas, que obteve do studio um acordo para ficar com 40% da receita de merchandise. Um grande negócio.

Leio que exposição custou R$ 4 Milhões, dos quais R$ 2,5 milhões foram captados por meio de Lei Rouanet de incentivos fiscais. Mesmo assim, a exposição brasileira está muito aquém de seus similares em outros paises, que são mais ricos em replicas de naves em escala real, cenários, e até um Han Solo congelado em carbonita, do episódio V. Veja como foi a exposição em Londres clicando aqui.

Ha... como todo evento que se preze, tem aquela lojinha caça-níqueis básica na saída, para te arrancarem mais alguns trocados. Fiz uma foto da minha filha nos trajes brancos da princesa leia do episódio IV. Editada digitalmente, claro, mas só te entregam a impressão em uma coisa antiga chamada papel. Um atraso, anticlímax total em se tratando de Star Wars, pioneira em película digital.

sábado, 12 de abril de 2008

Zaffari em S. Paulo


---- Da serie: CRONICAS DA METROPOLE

Acabei de chegar da minha primeira visita ao Zaffari em S. Paulo. É uma experiência e tanto! Pensei se devia ou não escrever sobre isso, mas o bairrismo falou mais alto.

A primeira coisa que impressiona é que o hipermercado é uma replica exata da Bourbon da Ipiranga. Acho que é único lugar de S. Paulo que voce vai comprar bergamota e cacetinho. Serio! A reprodução é tal que a placa da pokan diz bem grande "bergamota", e na seção de pães ao lado do pão francês tem um minúsculo pãozinho com uma plaqueta dizendo "cacetinho".

Fiz um teste e pedi cacetinho pra mulher do balcão. Primeiro ela fez cara seria, mas depois caiu na gargalhada. Ela tinha feito o treinamento, sabia que era pra não rir, mas não conseguiu segurar. Rimos todos juntos, os outros fregueses inclusive. Aproveitei pra perguntar se tinha gaúchos no staff do mercado, e uma das moças me respondeu que são ao todo 950 funcionários no Shopping, dos quais 150 são gauchos.

E mais, voce pode comprar cuca! De uva! Mais ainda: nata Piá!! Imaginem, nata! Fui até a gôndola da nata para ver com meus próprios olhos, mas tinha acabado. No corredor, um piquete de gaúchos reclamavando com o gerente, que tentava explicar que eles não esperavam tanta procura. Já mandou providenciar mais, deve chegar amanha. Tinha uma senhora contanto que trazia nata de "contrabando" do rs a pedido dos vizinhos.

No fim, ele perguntou pro pessoal: "Já pegaram chimia?" Chimia?? Bah, é demais! Todo mundo sabe que cuca com nata e chimia é bom barbaridade! Fui até o setor de doces e encontrei mu-mu! E tem tambem tijolinho! E mandolate! Acho que o unico que mantiveram o nome foi o brigadeiro. Abasteci de chimia, Ritter é claro. O Zaffari vai ser uma porta de entrada para todos esses produtos gauchos no mercado paulista.

Outra boa noticia pra gauchada: finalmente da pra comprar erva decente aqui. Tem bomba e cuia também! Na gôndola de chás, não encontrei o Chá Prenda. Falei para a gerente do setor, e pra minha surpresa, ela puxou uma planilha com as sugestões dos fregueses e já estava lá: "chá prenda". Disse que vários clientes estavam pedindo. E não acaba aí, o setor de carnes tem até carne moída "de segunda", e também "de primeira" se preferir. Dava pra ver a expressão perplexa dos paulistanos tentando entender o que é isso. No setor de massas tem Tortei! Tortei!

O impacto é tal que em pouco tempo eu já estava falando com sotaque gaudério. Achei até estranho sair e pegar a Turiassu, depois Pompeia. Inconscientemente, voce espera sair na Ipiranga. Já em casa, escrevo comendo um biscoito amanteigado da Stofel. O Zaffari conseguiu juntar o que tem de melhor em Porto Alegre com o que tem de melhor em São Paulo, como o suco de laranja Fazenda Boa Vista e água mineral São Lourenço (mineira).

E olha... não falei do shopping. 200 lojas, e até uma starbucks. Nada mal para um novo entrante. Vai desde a primeira loja da TipTop em são paulo até uma Armani Exange, passando por Zara e Crawford. Só falta a lojinha do Grêmio, igual a do Bourbon da Ipiranga.


ps: Único ponto negativo: tem que pesar as frutas na balança do setor, não pesa direto no caixa! Um atraso. Essa vai ser a maior queixa dos paulistanos, acostumados a praticidade de ir direto pro caixa com as frutas e verduras.

pps: Um artigo da Istoe Dinheiro aponta que o faturamento por metro quadrado do Zaffari, de R$ 11,2 mil, é maior que o do Wal Mart, e comenta que a entrada do Zaffari na vitrine de S. Paulo adiciona muito valor a marca, mas... vai conquistar os paulistas?